Com quantos cegos você convive?

"pois o Eterno ouviu você e respondeu
(Gn 16:11 A Mensagem)

Quando Hagar teve essa experiência com Deus, ela estava no deserto, fugida de sua senhora, Sarai, que a estava maltratando. E sob tais condições que como escrava ela se encontrava, é justificável o desejo e realização de fugir. 

Quando as coisas ficam difíceis, o nosso impulso, quase que natural, é pular fora, é não desejar nunca mais ter que lidar com determinado tipo de pessoa ou situação. Entretanto, se como cristãos, não formos confrontados, como haverá veracidade em ser o que dizemos que somos? Se nossa confiança Nele, não sofrer duros testes, como poderemos dizer que confiamos em Seu poder?

Deus ouviu a oração de Hagar e o fato Dele ter ouvido não tornou a vida dela mais fácil ou melhor. Ele pediu pra que ela voltasse pra sua senhora, e continuasse a servi-la. Mas junto desse pedido, veio a constatação de Hagar e a promessa de Deus. 

"Hagar atendeu a orientação do Eterno, chamando-o pelo nome, orando ao Deus que havia se comunicado com ela: Tu és o Deus que me vê!"
(Gn 16:13 A Mensagem)

Se os olhos de Deus te vê, não importa com quantos cegos você conviva. A cegueira de seres humanos que encontramos no caminho que não nos concede o mínimo de educação e consideração, não pode nos ser incômoda. Os olhos de Deus nos vê. E os olhos de Deus nos vendo, por qual outro olhar ansiaríamos ser vistos? 

Geralmente, só desejamos ser vistos por quem pode nos beneficiar de alguma forma. E o que diz respeito a seres humanos, todos benefícios aqui concedidos, ou negligenciados, são transitórios. Em contrapartida, não existe bem mais duradouro do que a salvação da nossa alma que é eterna. Esse benefício só Deus pode nos conceder. São esses olhos que me vê.



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