Flores para Algernon


A dualidade da inocência de ser retardado à superestimada inteligência de gênio. Dois modos de vida que separam os seres humanos. Muitos não enxergam um "retardado mental" como ser humano e aos que carregam título de "gênio", vemos como inalcansáveis. Ambos atinge um extremo que não facilitam os relacionamentos. 

Esse livro nos leva a questionamentos morais, expondo a dor do crescimento intelectual - que difere do crescimento emocional, e o poder que ambos têm de afetar o presente devido a tantas lembranças que chegam a causar dores físicas, medos e uma ansiedade que parece um buraco sem fim no peito de Charlie Gordon.

O menino na pele de homem, se recente ao observar que se tornou apenas um objeto de estudo - pela forma como era tratado, pela maneira que o abordavam no evento científico e pela apresentação frente aos renomados cientistas. Gordon, em seu passado adormecido, era um indivíduo com história, e não um produto da ciência, um gênio que agora navegava por todo conhecimento do mundo.

"Aqui na universidade, inteligência, educação, conhecimento, todas essas coisas viraram ídolos. Mas agora sei que existe algo que todos vocês negligenciaram: inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma."

Certamente um medidor de sucesso para esta vida é quão bem-sucedida a pessoa é em suas relações humanas. Todos os diplomas e títulos que podem ser alcançados por aqui, de nada servem se não carregarmos a decência de reverenciarmos uns aos outros, com educação, respeito e as necessárias - doses de afeto.




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