Movidos pela fome


Foto: Brodie Vissers
Há quem diga que o correto é se alimentar de 3 em 3 horas. Já outros defendem o jejum intermitente como a maneira correta de se chegar a um organismo que funcione e que de quebra traga o corpo desejado. Mas mesmo nesse último modo, tem-se que comer em um período de tempo. 

A justificativa para comermos é porque há fome. E existem duas maneiras de reagir a fome: ignorá-la durante o período que se autopropôs ou safisfazer-se a cada reclamada no estômago. E isso me refiro as pessoas privilegiadas que podem a ignorar por esse certo período e depois saciá-la. 

Sem a fome, não procuramos por alimentos. A sensação de saciedade ou de bem estar, nos mantém longe do que traz sustentação para o corpo. E ainda quando a fome bate, existem os alimentos que realmente cumprem seu papel de alimentação saudável, o que exclui por completo os fast foods. 

Enquanto na parte física precisamos nos alimentar ao ter fome, na parte espiritual precisamos ser alimentados por fome para não ficarmos estagnados na sensação de bem estar que o tempo traz para a vida espiritual. 

Só quando existe fome pela palavra de Deus é que desejamos ler e meditar na Bíblia ou prestar atenção na pregação como se nossa vida, ou as nossas próximas horas dependesse desse alimento para sobrevivermos. 

Portanto, nossa condição diante de Deus não deve ser de pessoas que anseiam ser saciadas pela presença dEle, e sim, de pessoas que querem ser alimentadas pela fome que nos move a apreciá-Lo e buscá-Lo, todos os dias.

Controverso, não? E isso é só mais um item a ser acrescentado na lista do paradoxo que é ser cristão. A fome nos tira do lugar comum, só com fome valorizamos o alimento, tanto fisicamente como espiritualmente falando.

"Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor." (Amós 8:11)

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